Poderia deliciar-me como os melros e comer medronhos ao longo da minha caminhada. Escolheria os maduros, tal como a minha idade, ou como o meu pensamento que por vezes escuta e finge de nada saber. Deixaria os mais tenros amadurecer nos seus ramos de sabedoria. Caminharia lentamente com boca de travo a mel, por ladeiras enquanto entretida me via a cuspir grainhas teimosamente para o chão, lembrando um conto de “Hansel & Gretel”. Pedia a Baco Deus do vinho, o efeito alcoólico, quem sabe para me tornar numa outra personagem mais alegre. Mas apologistas da verdade, o tempo é como as abóboras, de nada valeria o Deus Baco, a minha fingida alegria, a minha outra personalidade oculta, o meu outro “eu”; aquando o efeito acabasse, tudo voltaria à normalidade. Então regressei mas trazia na boca o fel, na esperança de no caminho encontrar o “iz” para o “fel” saber ser feliz.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Tenho a certeza que há um outro Deus, este com letra grande devidamente merecida, que lhe poderia dar e manter o "iz" que procura! Um beijinhos.
ResponderEliminarClaramente que sim Maria João :)
EliminarBeijinho de retorno a si.